{imagem retirada}
(...) Olhei em redor mas não te vi. Procurei em mim mas não te senti. Então, eu soube. Soube que partiras, e não durante uns segundos, uns minutos, umas horas, uns dias, ou mesmo uns anos. Mas para sempre. Era esse o tempo que eu estava destinada a ficar sem ti: a eternidade (...) Nada me deixou mais triste, mais desamparada, mais desesperada. Queria gritar, mas a tristeza calava a minha voz. Queria amar, mas o meu coração impedia-me disso. Queria sorrir, mas a dor não deixava. Optei por ignorar. Ignorar-te a ti. Ignorar tudo o que me fazia lembrar de ti. Ignorar que alguma vez te tinha conhecido. Ignorar que tinha existido. Ignorar que te tinha amado. Não adiantou de nada. Continuava a amar-te mesmo sem querer. Continuava a querer-te como no primeiro dia, a olhar para ti como um cego olha para o sol pela primeira vez e como a noite olharia para o dia, caso isso alguma vez fosse possível. Era esse o nosso grande problema. Éramos como o dia e a noite, incompatíveis, mas, no entanto, sem um o outro não existiria. Existia uma espécie de dependência como que para haver luz é necessária escuridão, para que notemos a escuridão é necessário que já tenhamos vislumbrado a luz (...) Assim somos nós. Dois opostos que se atraem (atraíam!) e que se afastam mutuamente (...)
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